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Sobre being loud

Nova Iorque não é apenas barulhenta, ela é loud! Mesmo. O barulho aqui não é ruido, ele é alto e faz parte de tudo. Andando pelas ruas, muitas vezes me pego incomodada e não sei de onde vem essa coisa esquisita. Depois percebo que é a mistura dos caminhões, com os carros passando, as buzinas dos taxis, que se combinam com mais dois veículos dos bombeiros berrando nas alturas.


Ou então estou no Subway e ouço música de três lugares diferentes, mais duas chinesas que conversam gritando, com (várias) pessoas entram no vagão pedindo dinheiro, um rapaz ao lado que escuta seu fone com o som super alto e o trem, que faz curvas e ruídos mais agudos que berro de criança, durante minutos inteiros... E por aí vai.


Ainda não me acostumei com a lonjuuura do local onde vivo. Mas preciso admitir, é um descanso para os ouvidos, que quase enlouquecem durante o dia. As informações vem às toneladas, nos anúncios, nas diferenças culturais das pessoas que andam na rua, nas músicas, nas lojas, nos artístas de rua. O corpo precisa de tempo pra digerir, mas não tem. Ninguém aqui tem o privilégio de mastigar a massa de informações que se recebe diariamente, o que pode ser bom e ruim. Na maioria das vezes, eu curto. Ou me adequo. A gente entra num estado de osmose, de recepção constante, deixando os radares abertos para que mais e mais coisas sejam compreendidas, sejam feitas, sejam compartilhadas. Ficar um dia atoa em casa é uma questão de escolha, é um evento bem específico na agenda novaiorquina. E assim, vive-se na cidade que não dorme. Eu gosto. Juro! Me divirto! Às vezes surto! Às vezes me sinto exaurida! Às vezes me sinto viva! Às vezes me sinto dinâmica!


Sou eu, Giovanna, mais uma entre milhões de corpos banhados de barulhos, e cores, e movimentos, e tamanhos, e ritmos, e, e, e, e..

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