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Sobre um dia pra ficar na memória


Sabe aqueles dias que você quer guardar em algum lugar da memória? Deixar as imagens, os cheiros, as palavras, as risadas todas lá, naquele cantinho, pra depois pode recuperar tudo de novo sempre que quiser lembrar... Tive um desses... Um sábado que esperei por tempos, com um sozinho delicioso que nos esquentava a uma temperatura de 26oC. E ele foi assim:


De manhã, cedinho, eu acordo numa moleza sem fim. Vou ate o corredor, e o Nadim grita - Já estamos acima dos 20oC!. Numa alegria infantil, fizemos café, e fomos, os dois, com nossas "xicrinhas" para o quintal. Lá ficamos pelo menos uma hora, recebendo aquele calorzinho, vendo as gatas passearem pelos cercados das casas, pularem nas árvores e miarem numa alegria fofa.


Mais tarde, saímos de casa, eu e o rommie, a procura de mais e mais e mais sol. Combinamos com uns amigos no Dumbo, Brooklyn Bridge Park. Lá, a vida seguiu assim: andamos sem rumo, compramos sanduiches e saladas para almoçar, comemos sentados na grama, admirando a vista de Manhattan, andamos sem rumo novamente, chegamos aos outros piers do parque. Demos risada da vida, das crianças correndo, contamos histórias bobas. Paramos pra tomar sorvete, uma das amigas disse que era um dos melhores da cidade, fomos experimentar e concordamos com a indicação. Seguimos andando sem rumo e paramos num bairro que me surpreendeu lindamente, Red Hook. Na beira do rio, longe de estações de subway, a região parece estar escondidinha da badalação "brooklyana", mas ao mesmo tempo nos dá de presente lojinhas, restaurantes, bares, casinhas tão charmosas, que a vontade é mudar pra lá no dia seguinte (daí a gente pensa, putz, não tem metrô e fala, ah, tá bom, não dá...). Mas quando eu digo que o lugar é charme puro, não estou exagerando, nem fazendo propaganda enganosa. É só andar um pouquinho e dar de cara com bares fofos, uns com espírito bem latino (me identificando em 3,2,1...), outros que nos levam direto para New Orleans, restaurantes com mesas no jardim e uma decoração de casa de interior, com look vintage bem elaborado, ahahha (isso existe?), lojas lindinhas, que dá vontade de gastar os dolares que você não tem. Vale a pena bater perna por lá e sentir a energia do lugar.


Terminamos o dia sentados na beira do rio, contemplando o por-do-sol alaranjado com rosa, agradecidos pelo dia, pelo sol e pelas companhias lindas que dividiram aqueles momentos. Eu tenho sorte de encontrar pessoas lindas pelo meu caminho, já disse isso antes por aqui. Mas tenho mesmo. E por isso sinto a obrigação de agradecer sempre, sempre, sempre a possibilidade de ser feliz, de ver lugares lindos e de estar com pessoas que me inspiram diariamente.


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