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Sobre quando ele foi ao Brasil

Um dia desses conheci um rapaz uruguaio, que mora em New York, mas que já passou uma temporada no Brasil, por isso, fala muitissimo bem português. Foi uma delícia conhecê-lo, já que não existe nada como se identificar com um dos seus, um latino, das "suas bandas de lá", que fala sua língua, que tem essa energia gostosa que só a America Latina sabe ter. Batemos um papo não muito longo, mas uma coisa ficou guardada em mim.


Dentro de tudo que contou sobre sua experiência no Brasil, em cidades como São Paulo, Rio, Campinas e seus quatro meses na minha amada Belzonti, uma história me comoveu. Ele lembrou que o que mais o impressionou durante sua passagem, foi o fato de as pessoas, sentadas em algum transporte púbico, oferecerem para carregar sua bolsa, mochila, sacola, enquanto ele estava em pé. Contou com tanto carinho, explicou como se assustou a primeira vez, que depois entendeu que era comum e que essa havia se tornado a principal lembrança de sua estada. Fiquei mexida, num misto de surpresa e alegria, ao perceber a sensibilidade da memória guardada por ele, sobre meu país. A história foi tão delicada e ao mesmo tempo TÃO a nossa cara.


O brasileiro tem disso, de ser solidário nas pequenas coisas, de dividir o fardo de um dia de trabalho com o outro, que enfrenta com ele o péssimo transporte público (um problema praticamente nacional). Achei bonita essa imagem, achei bonito ele ter dividido isso comigo e achei bonito poder me lembrar dele por meio dessa história...



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